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Políticas Públicas para Juventude

By admin | Abril 18, 2008

A criação de agendas básicas para o desenvolvimento de uma política de integração da juventude, tem como grandes objetivos buscar e promover uma efetiva inserção dos jovens na sociedade e fomentar uma ampla participação juvenil no processo de desenvolvimento sustentável.

Para isso, é fundamental a institucionalização governamental das políticas de juventude, passando a considerá-las como estratégicas como parte integrante dos projetos de desenvolvimento.

Mais que uma proposta de estrutura hierárquica, é necessário um processo que vise o estímulo à participação, à proliferação das organizações de juventude e à integração de programas e projetos de juventude, procurando harmonizar os esforços nos três níveis de governo (União, Estados e Municípios). O desenvolvimento desse tema pode ser construído pela convergência dos atores estratégicos (núcleos de jovens): empresariais, sindicais, estudantes, organizações da sociedade civil e meios de comunicação.

A compreensão imediata da juventude é: “Educação sem geração de emprego não resolve o problema dos jovens”. Isso porque, metade dos jovens brasileiros estão fora da escola  e quase 10 milhões não completaram oito anos de estudo. A escola deve ser um bem para todos e principalmente, a escola pública seja mais adequada a população jovem. Ações específicas para o jovem, na questão do emprego são urgentes, mas devem focalizar as diferentes faixas etárias.

Atualmente, pesquisas apontam que as maiores preocupações juvenis giram em torno do trabalho, da violência e da educação. No campo da violência, os jovens conhecem os dois lados da questão. Além de serem vítimas e de saberem que a relação do jovem na periferia das grandes cidades com a polícia é difícil, porque ele é o eterno suspeito, eles sabem que os espaços públicos  sendo ocupados  por uma lógica de violência significam que que eles têm menos possibilidade de crescer.

Para a juventude é fundamental o direito ao lazer e aos bens culturais. Mas, o emprego é realmente o maior drama, porque a maioria dos jovens sempre associou estudo e trabalho, e muitas vezes o trabalho é garantia de poder estudar. Dessa forma, quando se nega o trabalho, pode se negar também a possibilidade de educação, surgindo assim, um certo temor de pensar o futuro.

É  preciso um grande investimento na educação. O governo em todos os níveis deve assegurar a oferta educacional. A expansão do ensino médio é grande mas ainda é insuficiente. Os jovens não têm condições de pagar na maioria das vezes, o ensino superior. Devem haver várias ações simultâneas para assegurar que o jovem termine, pelo menos, o ensino médio. Não ocorrendo um projeto de desenvolvimento para gerar emprego, só a escolaridade não vai resolver. 

Diante deste quadro, é dever da sociedade como um todo, construir a justiça social, mas é fundamental que o Estado modernize-se institucionalmente para criar ambientes mais propícios e necessários para o surgimento de uma cultura de participação e solidariedade capaz de criar novos paradigmas para o desenvolvimento da juventude.

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