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Marketing Político e Campanha Eleitoral
By admin | Agosto 29, 2008
Essa comunicação e marketing são responsáveis, em parte, pela formação da consciência política dos cidadãos, bem como pelas expectativas de desenvolvimento sociais e econômicos da sociedade como um todo. Os cidadãos tomam suas decisões de voto com base nessa comunicação e marketing. Dessa forma, a comunicação e marketing político são fundamentais para que os cidadãos tenham uma cultura política de participação e obtenham informações quanto aos projetos políticos e características individuais dos candidatos.
Segundo Demartini Gomes, a publicidade eleitoral brasileira, apesar de deficiente em termos de comunicação, pelo tempo que dura, e pela maneira como é tratada, se torna, por si mesma, um dos elementos mais importantes na decisão do voto. Para Demartini, o eleitor quando tem boas informações, percebe com facilidade a sucessão de acontecimentos políticos e pode, então, contrastar as fontes de informação, observando a publicidade dos demais candidatos e partidos. Esta possibilidade o auxilia e lhe dá boas condições de eleger os líderes que mais mereçam sua confiança e, por acréscimo, delegar-lhe a defesa de seus interesses.
Por outro lado, os cidadãos durante as campanhas eleitorais estão expostos a uma grande quantidade de mensagens quanto a ideologias, filosofias, planos de governos, que muitas vezes dificultam a compreensão clara das mesmas devido a forma como as disputas são estabelecidas. A campanha eleitoral, muitas vezes, torna-se de forma errônea uma batalha entre candidatos e partidos políticos e acaba ultrapassando todos os limites da ética, ao invés de serem lutas de idéias ou de programas, mais que de imagens e de sensacionalismos baratos.
Com efeito, campanha eleitoral pode ser definido como o conjunto de atividades legais, organizadas ou desenvolvidas pelos partidos, coligações ou comitês de eleitores e candidatos, com o objetivo de arrecadar votos para que determinados políticos possam ocupar, por representação, os cargos políticos públicos.
O êxito de uma campanha eleitoral não se dá somente porque estejam integradas às ações parciais dentro de um plano de marketing, mas sim pelo fato de que devem estar fundamentadas sobre a oferta de um programa-promessa de serviços, em torno do qual irão se estruturar todos os argumentos empregados nos diferentes meios selecionados para sua difusão. Além de informar, as campanhas eleitorais possuem a função de conversão, onde seu objetivo seria converter uma série de demandas dos sujeitos do sistema, numa resposta por parte das autoridades do mesmo.
O emprego de formas publicitárias na comunicação política é justificado pela introdução dos chamados “marketing político” e “marketing eleitoral”. No Brasil, os dois termos vêm sendo usados indiscriminadamente, porém, há diferenças semânticas entre os dois conceitos: quando falamos em marketing político, estamos tratando de uma estratégia permanente de aproximação do partido e do candidato com o cidadão em geral. Já o marketing eleitoral trata de uma estratégia voltada para o eleitor, com o objetivo de fazer o partido ou candidato vencer uma determinada eleição.
Por outro lado, o papel do marketing eleitoral e político constantemente são questionados no período das eleições, sendo foco de inúmeros debates. É fundamental compreender, no entanto, porque o marketing assume atualmente uma função importante no período eleitoral.
Sabe-se que a política, em geral, cada vez mais é fruto de descrédito pelos cidadãos, visto que as demandas sociais em grande parte não são supridas na gestão pública dos políticos brasileiros. Periodicamente ouve-se a seguinte frase: os políticos prometem muito e cumprem pouco. Tal situação de descrédito, portanto, leva o cidadão a ter um desinteresse pelo tema e consequentemente um baixo envolvimento no processo eleitoral. Dessa forma, práticas de marketing eleitoral tentam despertar o interesse dos cidadãos na época de eleições.
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